Uma manhã em janeiro

Duas horas de sono mal passadas e umas quantas, dolorosas de contar, de "arrastanço" do dever a cumprir, a obrigação ao qual tudo remete,
depois encontro-me num momento a sós que depressa se transforma num daqueles de reflexão…




À minha frente o café,
que não me apetece nada tomar, acompanhado daquelas novas frases doces.
Já me surpreendi com o próprio facto de me ter calhado uma frase, não é normal, e também não sou pessoa de andar lá a vasculhar por uma embalagem alternativa com uma frase do meu interesse…
não vejo propósito neste tipo de acções, realmente!
Mas lá estava.

No bar, silencioso até agora, com apenas duas ou três tristes almas como eu, cheias de códigos e folhas e sebentas e ares ensonados e preocupados, alguém tem a brilhante ideia de ligar o rádio.
Óptimo!
Agora é que dá mesmo para rever os tópicos da matéria sem distracções.

9:05, olho para o relógio, com o pesar de consciência de que devia estar nem que seja um pouco nervosa para isto… a minha retórica não é propriamente das melhores e o estudo podia ter sido mais afincado, no entanto a calma em que me encontro é qualquer coisa de anormal, até para mim!
Nada a fazer, pensei, não posso fazer milagres, mais dias de estudo, ou mais horas não iriam aumentar o meu conhecimento dá situação… agora também não faz lá muita diferença.

O Bob na rádio concorda comigo (“…and every litle thing is gonna be alright…”).

Com isto fecho a sebenta, codigo penal debaixo do braço e saltos a marcar o passo para a chamada.
9.20, só espero que seja o Varandas!

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