Grafismo do pensar

Não consigo parar de escrever.
Sem sentido.
Palavras soltas e frases e letras e acentuações
e loucuras e devaneios me percorrem o cérebro
ou passam por ele a correr ou,
por vezes, se demoram em alguma ponta dele ou á minha volta,
não sem bem.
Sem motivo, sem razão, sem porque… neste caso, simplesmente com pleonasmo!

Não foco nenhum,
nenhum pensamento, palavra, frase… o que seja.
E foco-os todos ao mesmo tempo.

O mar, as montanhas, a planície, o deserto, todos ao mesmo tempo.
O riso, o choro, o desespero, a alegria, a podridão, o arrependimento, a bondade, a vingança
todos em simultâneo… cada um em sua vez.

Sem sentido, mas com todo o sentido do mundo.

Faço-me entender?

Pudera, nem a mim me concebo,
no entanto ninguém me conhece como eu.

Concluo: não sou grande amiga de mim mesma.

Sem concelhos a dar, mas alguns a receber, cai-o no vazio de coisas sem sentido incrivelmente ordenadas de forma pouco nova,
o espanto afinal não é nenhum, o espanto afinal é todo o do mundo.
Sou eu, a novidade é pouca; a novidade é toda.

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