Anda tudo maluco

Anda tudo maluco nesta cidade.
Uns porque livres saltam de alegria,
outros porque hipotecados até ao infinito continuam a fechar-se em casa ou por estas salas comunitárias onde só se encontra gente crente cheia de livros e incongruências –
ou porque, de olheiras na cara e roupa prática, insistem na ideia do “copo sempre meio cheio”
ou porque, de caras sorridentes e “cafeses-convívios” constantes e conversas paralelas mantém a postura do “copo sempre meio vazio”!

Eu já não sei se é do sistema,
da desnecessária elaboração gramatical dos ditos manuais,
do volume de matéria que efectivamente se acumulou durante todo o semestre.

Eu já não sei se foram das noites, ou da falta delas;
dos dias a estudar ou dos dias a fazer nada.

Até já nem sei se é da idade,
da intrujice no comentário quanto às horas de estudo…
mas o certo é que a disposição de resultados académicos não cessa em me espantar.

Uns que, no meu juízo intimo têm mais do que o que se esperava;
e outros que sem esperar tiram mais do que podem.
Eu já não sei nada.
Só sei é que anda tudo maluco.
Um maluco diferente dos restantes dias do ano lectivo, obviamente.
E tudo se resume numa simples troca de reflexões:

“… Pois, também devia ir ao PD (Pingo Doce para os leigos) porque a caça por mantimentos na dispensa por estes dias torna-se algo frustrante”

“Sim, uns passeiam no dolce por aí, nem sei mesmo se ainda restam saldos… por mim é só mesmo necessários os sustentos de uma pessoa depressiva: um chocolate e um maço de L&M!”


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Só mais um apontamento lindo!:
Fim de semanas em coimbra são finalmente algo agradavel de viver!
(talvez porque o stress dos exames para os meus lados tenha diminuido, embora nao me enquadre naquele tal grupo de gente que passa a vida a pensar nos saldos- se é que os há ainda)


(foto: sabado de manha no cartola - praça da republica)

Comentários

  1. De facto eu ando doido. Doido varrido, maluco de todo, com uns parafusos a menos, a governar-me mal e porcamente, a passar-me dos carretos, a arrancar cabelos de raiva, a perder cabelo do stress, a trepar pelas paredes, a rastejar pelo chão, com os pirulitos avariados, com o sistema em overdrive, com as notas desafinadas, com as palavras tortas, a cantar à chuva, numa doideira parva. Ando ando. E aquele gajo que me aparece no espelho também não anda muito bem. Tem estado calado.

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